Saturday, June 03, 2006

Aula 39 – Conhecimento e Divisão da Lei Natural – 2a Parte

Aula 39 – Conhecimento e Divisão da Lei Natural – 2a Parte

No Livro dos Espíritos pergunta..:

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.”

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.
Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhes falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.
626. Só por Jesus foram reveladas as leis divinas e naturais? Antes do seu aparecimento, o conhecimento dessas leis só por intuição os homens o tiveram?

“Já não dissemos que elas estão escritas por toda parte? Desde os séculos mais longínquos, todos os que meditaram sobre a sabedoria hão podido compreendê-las e ensiná-las.
Pelos ensinos, mesmo incompletos, que espalharam, prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da Natureza, possível foi ao homem conhecê-las, logo que as quis procurar. Por isso é que os preceitos que consagram foram, desde todos os tempos, proclamados pelos homens de bem; e também por isso é que elementos delas se encontram, se bem que incompletos ou adulterados pela ignorância, na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie.”
Leitura em Grupo para debate do Novo testamento seguinte:

Grupo 1 João, 3: 1-12................Reencarnação
14:1-3...................Pluralidade dos Mundos Habitados

Grupo 2 Mateus 5:4....................Lei de causa e efeito (ação e reação)
10:8....................Mediunidade

Grupo 3 Mateus 16:13 a 17........Mediunidade de Pedro
Marcos, 9:13.................Reencarnação

Grupo 4 Mateus 17:2 e 3.............Existência e sobrevivência do espírito
Mateus 5:25.................Lei de causa e efeito

Grupo 5 Lucas 11:2..................Existência de Deus como um pai
Marcos 1:23 a 27.... Existência e Sobrevivência do Espírito e Mediunidade


Aula 39
Conhecimento e Divisão da Lei Natural – 2ª Parte (continuação)


Grupo 1: João, 3:1-12 / Reencarnação
3 Colóquio com Nicodemos. – 1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos chefes dos judeus. 2 Veio ele ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus, pois ninguém, se Deus não estiver com ele, pode fazer os prodígios que tu fazes.” 3 Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: ninguém se não nascer de novo, pode ver o reino de Deus”. 4 Disse-lhe Nicodemos: “Como pode um homem, nascer sendo velho? Poderá, acaso, entrar novamente no seio de sua mãe e renascer?” 5 Jesus retrucou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: ninguém, se não nascer pela água e pelo Espírito, pode entrar no reino de Deus. 6 Aquilo que é gerado pela carne é carne, e aquilo que é gerado pelo Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te haver dito: - É necessário que vós sejais gerados de novo. – 8 O vento sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde vem e para onde vai. Assim é de todo aquele que nasceu do Espírito”. 9 Interveio Nicodemos: “Como dar-se tal coisa?”. 10 Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre de Israel e não o sabes? 11 Em verdade, em verdade te digo que nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não recebeis o nosso testemunho. 12 Se, quando vos falo de coisas que se dão na terra não acreditais, como acreditareis quando vos falar de coisas celestes?

È preciso reencarnar para progredir espiritualmente e alcançar planos superiores da vida.
Nicodemos pensou no mesmo corpo nascendo de novo (o que não é possível).
Jesus corrigiu esse erro, separando entre “nascido da carne” e “nascido do Espírito”. Reafirmou que, para “entrar no reino de Deus” é preciso renascer tanto” da água” (símbolo da matéria) como do “espírito” “renovar-se espiritualmente).
Usa o vento/ar (“pneuma”) como símbolo de elemento espiritual para comparar que também sentimos sua presença e manifestação através do corpo mas não podemos identificar de onde esse espírito veio (o passado é providencialmente esquecido) nem apontar-lhe um futuro determinado (dependerá do seu livre-arbitrio).

14:1-3 / Pluralidade dos Mundos Habitados
14 Consolações para os apóstolos. – 1 “Não se perturbe o vosso coração. Crede em Deus e crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai existem muitas habitações; se assim não fora, ter-vo-lo-ia dito; de fato vou preparar-vos um lugar. 3 E, quando eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, voltarei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estou, estejais vos também.

Neste versículo se evidencia de modo muito claro a Pluralidade dos Mundos Habitados, um dos princípios do Espiritismo.
Milhões de orbes que vemos no céu constituem moradas para os espíritos. A Terra é dos mais insignificantes. Mundo de expiações e provas, em vias de passar a mundo de regeneração.
As moradas podem também ser representadas por planos, que se expressam por vibrações e não propriamente por lugar.
Assim sendo, consoante o estado ou a província mental em que situamos as ações e as aspirações interiores, é que moldaremos o ambiente ou a “morada” evolutiva a que nos ligaremos no plano exterior.
Sob este prisma a “Casa do Pai” é o intimo de cada qual, e as “moradas”, os estados da alma que alimentamos, dependendo dos nossos desejos e aspirações pessoais.
Jesus, como Mestre e Senhor, está sempre à frente, estruturando recursos necessários à nossa caminhada incessante.


Grupo 2: Mateus, 5:4 / Lei de Causa e Efeito (ação e reação)
5 As bem-aventuranças. – 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

O sofrimento é a moeda com a qual pagamos as faltas e erros que, em nossa ignorância, cometemos em encarnações passadas; e com ele compramos nossa felicidade futura; porque os que sofrem têm contas a ajustar com a Justiça Divina.
As lagrimas do sofrimento, quando reportado resignadamente, lavam as manchas da consciência e purificam o espírito. Por isso Jesus diz que são felizes os que choram, porque já iniciaram o resgate dos débitos anteriores; e, embora a Terra lhe reserve lagrimas, suaves consolações os esperam no plano espiritual, onde entrarão libertos de remorsos, originados pelos maus atos praticados no passado.

10:8 / Mediunidade
10 Os doze e a sua missão. – 8 Curai enfermos, ressuscitai mortos, limpai leprosos, expulsai demônios. Daí gratuitamente o que gratuitamente recebestes.

Conquanto Jesus e seus discípulos e, modernamente o Espiritismo, tenham operado curas materiais, é mais no sentido moral que devemos entender esta ordem de Jesus. Porque o Evangelho é a lição divina que ensina a humanidade a se curar de suas imperfeições morais.
Curai os enfermos, isto é, ensinai aos homens a evitarem o mal, para que não sofram suas dolorosas conseqüências.
Ressuscitai os mortos, isto é, ensinai que a morte não existe e que do outro lado do túmulo o espírito continua com sua vida eterna.
Limpai os leprosos, isto é, ensinai os pecadores a se regenerarem e esclarecei os ignorantes sobre as coisas divinas.
Expelí os demônios, isto é, encaminhai os espíritos obsessores concitando-os ao perdão e à prática do bem.
E nunca aceiteis a paga do bem que espalhastes, uma vez que o Pai, que está nos céus, não põe preço em sua misericórdia.



Grupo 3: Mateus, 16:13 a 17 / Mediunidade de Pedro
16 Confissão de Pedro. O fundamento da Igreja. Promessa do primado. – 13 Em seguida, foi Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe e perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do homem?” 14 Responderam-lhe: “Uns dizem que é João Batista; outros Jeremias ou algum dos profetas”. 15 “E vós”, perguntou-lhes, “quem dizeis que eu sou?” 16 Respondeu-lhe Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. 17 E Jesus respondeu-lhe: “ Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que to revelou, mas meu Pai que está nos céus.

André disse a seu irmão Simão, a quem disse: “Achamos o Messias”. E o levou a Jesus.
Olhando para o apresentado, Jesus falou:
- Tu és Simão filho de Jonas: tu serás chamado Cefas (em aramaico, pedra).
Por que Jesus diz que Simão passaria a ser chamado “pedra”?
Os israelitas costumavam assinalar os locais onde se haviam dado manifestações espirituais. Elas eram marco de presença espiritual.
Pedro iria se revelar excelente médium, servindo muitas vezes como marco de grandes manifestações espirituais.
A partir de então, no agrupamento cristão, Simão bar Jonas (filho de Jonas) passou a ser chamado Simão Pedro (a pedra) ou, simplesmente Cefas (a pedra), Pedro.
Como mestre espiritual, Jesus não desprezou o recurso valioso da mediunidade em sua tarefa de espiritualização dos seres humanos. Ele não só a utilizou pessoalmente mas também ensinou e orientou os discípulos na sua pratica, informando quanto à influencia dos espíritos (superiores e inferiores) sobre as pessoas, e a necessidade de vigilância para aceitar ou não essa influencia: - “Bem-aventurado és, Simão bar Jonas, porque não foi sangue nem carne que te revelou mas meu Pai que está nos céus”.
Jesus o chamou “bem-aventurado”, porque o apóstolo não recebera esta informação de ninguém encarnado, mas sim do plano espiritual superior. Uma verdadeira revelação espiritual acabara de ocorrer e Pedro fora o marco que a assinalara, com sua mediunidade em sintonia com o plano superior.

Marcos, 9:13 / Reencarnação
9 13 Eu, porém, vos digo que Elias já veio e fizeram dele quanto quiseram, conforme dele está escrito.

Dizendo que Elias já viera, Jesus demonstra a seus discípulos a reencarnação dos espíritos, os quais se reencarnam periodicamente, não só para progredirem e saldarem o passado culposo, como também para desempenharem tarefas em beneficio da humanidade.


Grupo 4: Mateus, 17:2 e 3 / Existência e sobrevivência do Espírito
17 A transfiguração. – 2 E transfigurou-se diante deles, de sorte que o seu rosto brilhou como o sol, e as vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceu Moisés e Elias a conversar com ele.

A transfiguração é “uma transformação fluídica, uma espécie de aparição perispirítica, que se produz sobre o próprio corpo do vivo”; “geralmente é perceptível a todos os assistentes e com os olhos do corpo, precisamente por se buscarem na matéria carnal visível”. Pode se dar pela vontade da própria ou sob influência externa.
Quando orou, Jesus se expandiu perispiritualmente, superpondo ao corpo novo aspecto e apresentando grande irradiação. A luminosidade propagou-se às suas vestes e através delas.
Quanto à presença de Moisés e Elias, foi um fenômeno de materialização (Pedro, Tiago e João eram médiuns de efeitos físicos).

5:25 / Lei de causa e efeito
5 25 Põe-te depressa de acordo com o teu adversário, enquanto ainda estás em caminho com ele, a fim de que o adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão.

O caminho em que estamos postos com nosso adversário, é a vida presente, durante a qual houve o atrito entre nós e ele. Enquanto estamos juntos, isto é, todos encarnados, é que convém desfazer os agravos e transformar as inimizades, por menores que sejam em estima. Convém, também, corrigir todo o mal que tivermos praticado; porque se não aproveitarmos a oportunidade que o Senhor nos concede e desencarnarmos odiando alguém e com ações malévolas pesando em nossa consciência, seremos colhidos pelo ciclo das reencarnações dolorosas. Então o sofrimento nos ensinará a mudar todo o ódio em amor e a corrigir até a mais pequenina falta que tivermos cometido contra nosso próximo.



Grupo 5: Lucas, 11:2 / Existência de Deus como um pai
11 Como se deve orar. – E ele disse-lhes: “Quando orar-des dizei: - Pai, glorificado seja o teu nome; venha o teu reino;

A oração é um ato de adoração e de agradecimento ao Pai, do qual recebemos a vida.
O Pai Nosso, a maravilhosa prece que Jesus nos ensinou, além de ser uma oração dirigida a Deus, é também uma norma de bem viver, iniciada por um ato de adoração ao nosso Pai, em cuja presença se move o Universo.
O reino que desejamos é um mundo, onde todos sejam felizes. É, portanto, nosso dever trabalhar para que haja a maior soma possível de felicidade na Terra.
Deus é Pai de todos. Mas nem todos o aceitam como tal. À medida que vamos entendendo e vivendo o evangelho, passamos a ver Deus como Pai, assumindo a condição de irmãos uns dos outros; e quando elegemos Deus nosso Pai, a vida toma um aspecto diferente. Sentimo-nos sob o manto paternal que assiste, ensina, ajuda, coopera, desculpa, dá novas oportunidades, espera...


Marcos, 1:23 a 27 / Existência e Sobrevivência do Espírito e
Mediunidade
1 O endemoninhado de Cafarnaum. – 23 Nisso um homem possuído do espírito imundo, o qual estava na sinagoga deles, pôs-se a gritar: 24 “Ai! Que temos nos contigo, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder! Sei quem tu és: O Santo de Deus!” 25 Mas Jesus disse-lhe em tom de comando: “Cala-te e sai desse homem!” 26 O espírito imundo, agitando-o convulsivamente e fazendo grande alarido, saiu dele. 27 Ficaram todos atônitos, de modo que perguntavam uns aos outros: “Que é ? Uma doutrina nova, ensinada com autoridade! Manda até nos espíritos imundos, e eles obedecem-lhe!”

Entre os muitos enfermos que Jesus curou, havia os chamados endemoninhados. Eram pessoas que por sofrerem a influência de espíritos maus ou perturbados, apresentavam no raciocínio ou comportamento, sofriam crises, estados enfermiços.
No caso relatado no Evangelho, a causa era obsessão, porque, afastados por Jesus os espíritos obsessores, as pessoas saravam inteiramente.
É comum depararmos com espíritos obsessores que não sentem o menor desejo de se regenerarem, nem de deixarem suas vítimas. Quando doutrinados, imprecam contra quem os chama ao reto caminho e tudo fazem para não escutarem palavras de bom senso. Nestes casos o doutrinador deve possuir grande força moral para ser obedecido. É o que nos ensina esta passagem evangélica.
O obsessor é um adversário espiritual, o que é uma prova da existência e sobrevivência do espírito. Jesus mandou os discípulos trabalharem com a mediunidade, inclusive nos casos de desobsessão, recomendando o fizessem sem interesse material.


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