Wednesday, January 24, 2007

Aula 51 – LEI DE TRABALHO

Aula 51 – LEI DE TRABALHO

Limite do Trabalho e do Repouso


Elucidações Evangélicas - Antônio Luiz Sayão - FEB

O trabalho, porem, é lei da Natureza mediante a qual o homem forja o próprio progresso desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida, por meio da satisfação das suas necessidades imediatas na comunidade social onde vive.

Apresenta-se ao homem como meio de elevação e como expiação de que tem necessidade para resgatar o abuso das forças, quando entregues à ociosidade ou ao crime, na sucessão das existências pelas quais evolui.

Não fora o trabalho e o homem permaneceria na infância primitiva, sendo por Deus muitas vezes facultado ao fraco de forças físicas os inapreciáveis recursos de inteligência, mediante a qual granjeia progresso e respeito, adquirindo independência econômica, valor social e consideração, contribuindo poderosamente para o progresso de todos.

Do trabalho mecânico, rotineiro, primitivo, puro e simples, à automação, houve um progresso gigante que ora permite ao homem o abandono das tarefas rudimentares, entregues a máquinas e instrumentos que ele mesmo aperfeiçoou, concedendo-lhe tempo para a genialidade criativa e a multiplicação de atividades em níveis cada vez mais elevados.

O trabalho, portanto, é uma necessidade econômica e social, veículo de renovação, colocado na direção da criatura para construir a sua própria felicidade. Como nos ensinam os Espíritos, o limite do trabalho é o das nossas forças; isso deixa claro que sendo, como é, fonte de equilíbrio físico e moral, o trabalho deve ser exercido por quanto tempo nos mantenhamos válidos.

Sendo o trabalho uma lei natural, o repouso é conseqüente conquista a que o homem faz juz para refazer as forças e continuar em ritmo de produtividade.

O repouso se lhe impõe como prêmio de esforço despendido, sendo-lhe facultado o indispensável sustento nos dias da velhice, quando diminuem o poder criativo, as forças e a agilidade na execução das tarefas ligadas à subsistência.

Na tentativa de fazer cumprir a lei de Deus contida no terceiro mandamento ( lembrai-vos de santificar o dia de sábado), Moisés recomenda a santificação do sábado não só no sentido restrito do termo, mas num sentido bem mais amplo, “Seis dias trabalhará, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas”. (antigo testamento Êxodo, 20: 8 – 11)

O sábado é visto, pois, como um dia especial da semana onde a ninguém é permitida qualquer atividade. Ora, acontece que Jesus, o mesmo Jesus que disse não ter vindo destruir a lei e os profetas, mas cumpri-los, ensina cura males do corpo e do espírito nesse dia, aparentemente estaria revogando um Mandamento.

Na realidade, Jesus não revogou qualquer lei divina. Queria é que compreendêssemos o verdadeiro sentido do Terceiro Mandamento.

O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado, como diz Marcos

3:1-6.... “1E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada.2E estavam observando-o se curaria no sábado,para o acusarem.3E disse ao homem que tinha a mão mirrada:Levanta-te e vem para o meio. 4E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? Salvar vida, ou matar? E eles calaram-se.5E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem : Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra. 6E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele,procurando ver como o matariam”.
Sua instituição representava uma medida útil, pois que destinada a proteger o corpo do esgotamento resultante do excesso de trabalho.

Reservemos um dia para o descanso do corpo, mas consagremo-lo de modo especial a Deus, santificando-o, ainda mais, se possível, do que os outros dias da nossa EXISTÊNCIA, PELA PRÁTICA DE OBRAS QUE ATESTEM O NOSSO AMOR AOS OUTROS HOMENS E AO Pai Celestial.

Por esse motivo Jesus alimentou, pregou, curou a obsessão que uma mulher trazia havia já dezoito anos ou a mão ressequida de um homem, entre tantos benefícios realizados, mostrando que todo dia é dia para a prática do bem.

“Lucas 13 11-17 - 11E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. 12 E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. 13 E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. 14E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados, e não no dia de sábado. 15Respondeu-lhe, porem, o Senhor, e disse Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? 16 E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão a qual há dezoito anos Satanás tinha presa? 17 E dizendo ele isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele.”

O Livro dos Espíritos - Limite do trabalho. Repouso

682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é também uma lei da Natureza?

“Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria.”

683. Qual o limite do trabalho?

“O das forças. Em suma, a esse respeito Deus deixa inteiramente livre o homem.”

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