Sunday, March 18, 2007

Aula 58 - LEI DE IGUALDADE

Aula 58 - LEI DE IGUALDADE
Desigualdades Sociais e Igualdade de Direitos do Homem e da Mulher

Do livro - Grandes e Pequenos Problemas - Angel Aguarod - FEB
O Consolador - Francisco Cândido Xavier – Emmanuel - FEB


As desigualdades sociais provenientes das mais variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são sempre obra do homem e não de Deus.

Deus na realidade, criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que ainda possuem, criaram leis, muitas delas injustas e até mesmo cruéis, para regular as relações na Sociedade. Como consequencia dessas leis, surgiram as desigualdades sociais, mais ou menos pronunciadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus constituintes humanos.

No entanto, o progresso segue seu curso ascendente e ininterrupto e a desigualdade social, como tudo que é inferior dia a dia ela gradualmente se apaga.

Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento.

Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.

Mesmo as desigualdades toleráveis ou normais para a categoria do nosso planeta deixarão de existir não se abolirão tão de pronto quanto os unionistas desejariam e imaginam.

Nem se suprirão com revoluções, nem com guerras, nem com leis, decretos, ou discursos, distúrbios ou maldições.

As desigualdades desaparecerão de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços individuais e coletivos, pelo progresso moral, quando então, serão destruídos os privilégios de casta, sangue, posição, sexo, raça religião, etc.

Devemos compreender, porem, que com o banimento das desigualdades sociais não ocorrerá um processo de uniformização dos homens.

A espécie humana não se transformará em máquina, em um sistema robotizado.

Os homens se orientarão pelas leis divinas, a fim de que os seus pendores naturais possam desabrochar e desenvolver normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte de quem quer que seja.

Haverá evidentemente, quem ocupe cargos de maiores ou menores responsabilidades, mas, com o adiantamento espiritual, os seres humanos não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.

Do mesmo modo, numa sociedade moralizada, não se compreenderá a diferença, que ainda hoje se observa, entre homem e mulher.

Neste sentido os Espíritos Superiores perguntam “Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir” logo perante os códigos divinos ambos possuem os mesmos direitos, a diferença de sexo existe por força da necessidade de experiências especificas por que o Espírito precisa passar. Alias, o Espírito, centelha divina, não possui sexo, conforme as denominações humanas.

Entre o homem e a mulher existe a igualdade de direitos, das funções não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão.

Ambos são portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio da família, e se a alma feminina sempre apresentou um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade, através de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso das existências numerosas, em múltiplas experiências seculares.

A ideologia feminista dos tempos modernos, porém, com suas diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.

A desigualdade social é o mais elevado testemunho da verdade da reencarnação, mediante a qual cada espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Nesse caso, consideramos que a pobreza, a miséria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas, são enfermidades do organismo social, devido à situação de prova da quase generalidade dos seus membros.

Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará eliminada dos ambientes humanos.

No Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo CAPÍTULO V- BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS -Justiça das aflições Causas atuais das aflições

4. De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir.

Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa!

Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!

Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo?

O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.

Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

Livro dos Espíritos PARTE 3ª - CAPÍTULO IX - DA LEI DE IGUALDADE
Desigualdades sociais

806. É lei da Natureza a desigualdade das condições sociais?

“Não; é obra do homem e não de Deus.”

a) - Algum dia essa desigualdade desaparecerá?

“Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que dia da dia ela gradualmente se apaga?

Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento.

Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro.

Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.”

807. Que se deve pensar dos que abusam da superioridade de suas posições sociais, para, em proveito próprio, oprimir os fracos?

“Merecem anátema! Ai deles! Serão, a seu turno, oprimidos: renascerão numa existência em que terão de sofrer tudo o que tiverem feito sofrer aos outros.” (684)

684. Que se deve pensar dos que abusam de sua autoridade, impondo a seus inferiores excessivo trabalho?

“Isso é uma das piores ações. Todo aquele que tem o poder de mandar é responsável pelo excesso de trabalho que imponha a seus inferiores, porquanto, assim fazendo, transgride a lei de Deus.” (273)

273. Será possível que um homem de raça civilizada reencarne, por exemplo, numa raça de selvagens?

“É; mas depende do gênero da expiação. Um senhor, que tenha sido de grande crueldade para os seus escravos, poderá, por sua vez, tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a seus semelhantes.

Um, que em certa época exerceu o mando, pode, em nova existência, ter que obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade. Ser-lhe-á isso uma expiação, que Deus lhe imponha, se ele abusou do seu poder.

Também um bom Espírito pode querer encarnar no seio daquelas raças, ocupando posição influente, para fazê-las progredir. Em tal caso, desempenha uma missão.”

Igualdade dos direitos do homem e da mulher

817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?

“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”

818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países?

“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”

819. Com que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher?

“Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.”

820. A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?

“Deus a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem.”

Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar.

Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.

821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?

“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.”

822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também perante as leis humanas?

“O primeiro princípio de justiça é este: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem.”

a) - Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

“Dos direitos, sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete.

Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão.

A lei humana, para ser eqüitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça.

A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização.

Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física.

Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles.

Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”

Igualdade perante o túmulo

823. Donde nasce o desejo que o homem sente de perpetuar sua memória por meio de monumentos fúnebres?

“Último ato de orgulho.”

a) - Mas a suntuosidade dos monumentos fúnebres não é antes devida, as mais das vezes, aos parentes do defunto, que lhe querem honrar a memória, do que ao próprio defunto?

“Orgulho dos parentes, desejosos de se glorificarem a si mesmos.

Oh! Sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas essas demonstrações. Elas são feitas por amor próprio e para o mundo, bem como por ostentação de riqueza.

Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração do pobre, que não lhe pode colocar sobre o túmulo senão uma singela flor?

Supões que o mármore salva do esquecimento aquele que na Terra foi inútil?”

824. Reprovais então, de modo absoluto, a pompa dos funerais?

“Não; quando se tenha em vista honrar a memória de um homem de bem, é justo de bom exemplo.”

O túmulo é o ponto de reunião de todos os homens. Aí terminam inelutavelmente todas as distinções humanas. Em vão tenta o rico perpetuar a sua memória, mandando erigir faustosos monumentos. O tempo os destruirá, como lhe consumirá o corpo. Assim o quer a Natureza.

Menos perecível do que o seu túmulo será a lembrança de suas ações boas e más.

A pompa dos funerais não o limpará das suas torpezas, nem o fará subir um degrau que seja
na hierarquia espiritual. (320 e seguintes)

PARTE 2ª - CAPÍTULO VI - Comemoração dos mortos. Funerais

320. Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?

“Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade. Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo.”

321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?

“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?

“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento. Porém, cada Espírito vai lá somente pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.”

b) - Sob que forma aí comparecem e como os veríamos, se pudessem tornar-se visíveis?

“Sob a que tinham quando encarnados.”



322. E os esquecidos, cujos túmulos ninguém vai visitar, também lá, não obstante, comparecem e sentem algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra deles?

“Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nos achamos a ela presos. Desde que aí ninguém mais lhe vota afeição, nada mais prende a esse planeta o Espírito, que tem para si o Universo inteiro.”



323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?

“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo.

Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.”




324. Os Espíritos das pessoas a quem se erigem estátuas ou monumentos assistem à inauguração de umas e outros e experimentam algum prazer nisso?

“Muitos comparecem a tais solenidades, quando podem; porém, menos os sensibiliza a homenagem que lhes prestam do que a lembrança que deles guardam os homens.”

325. Qual a origem do desejo que certas pessoas exprimem de ser enterradas antes num lugar do que noutro? Será que preferirão, depois de mortas, vir a tal lugar? E essa importância dada a uma coisa tão material constitui indício de inferioridade do Espírito?

“Afeição particular do Espírito por determinados lugares; inferioridade moral.

Que importa este ou aquele canto da Terra a um Espírito elevado?

Não sabe ele que sua alma se reunirá às dos que lhe são caros, embora fiquem separados os seus respectivos ossos?”

a) - Deve-se considerar futilidade a reunião dos despojos mortais de todos os membros de uma família?

“Não; é um costume piedoso e um testemunho de simpatia que dão os que assim procedem aos que lhes foram entes queridos.

Conquanto destituída de importância para os Espíritos, essa reunião é útil aos homens: mais concentradas se tornam suas recordações.”


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