Monday, March 26, 2007

Aula 61- LEI DE REPRODUÇÃO - CELIBATO E POLIGAMIA

Aula 61 - LEI DE REPRODUÇÃO - CELIBATO E POLIGAMIA

O Consolador – Emmanuel – FEB – Pag.189 e 190
Vida e Sexo – Emmanuel – FEB – Pag.97-98
No Mundo Maior – André Luiz – FEB – Pag.161-162


O casamento, isto é, a união permanente de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade já a poligamia é lei cuja abolição marca um progresso social.

O casamento segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.

Se a poligamia fosse conforme à lei da Natureza, devera ter possibilidade de tornar-se universal, o que seria materialmente impossível, dada a igualdade numérica dos sexos.

Deve ser considerada como um uso ou legislação especial apropriada a certos costumes e que o aperfeiçoamento social fez que desaparecesse pouco a pouco.

A construção da felicidade real não depende do instinto satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados, garantindo a continuidade das formas físicas em processo evolucionário, é apenas um aspecto das multiformes permutas de amor. Importa reconhecer que o intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afeto, sustentando obras imperecíveis de vida e de luz, nas ilimitadas esferas do Universo.

Apesar de, nos dias atuais, existirem povos que ainda adotam a poligamia, como as populações muçulmanas do Norte da África e grande parte dos asiáticos, a tendência, por força do progresso moral, é a total abolição dessa prática.

O casamento ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.

Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.

Entre a poligamia e a monogamia, existe uma distância muito grande, e a conquista desta última revela inegavelmente um poderoso passo evolutivo da Humanidade na área dos sentimentos.

A vida a dois, pelos laços do matrimônio, enseja oportunidade de progresso, pois a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, consequentemente resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.

Devemos considerar, porem, que existem pessoas que deliberadamente optam pelo celibato.

Abstinência, em matéria de sexo e celibato, na vida de relação, pressupões experiências da criatura em duas faixas essenciais, a daqueles Espíritos que escolhem semelhantes posições voluntariamente para burilamento ou serviço, no curso de determinada reencarnação, e a daqueles outros que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.

Os que consigam abster-se da comunhão afetiva, com o fim de se fazerem mais úteis ao próximo, decerto que traçam a si mesmos escaladas mais rápida aos cimos do aperfeiçoamento.

Almas existem que, para obterem as sagradas realizações de Deus em si próprias, entregam-se a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação.

Nesse mister, é comum abdicarem transitoriamente as ligações humanas, de modo a acrisolarem os seus afetos e sentimentos em vida de ascetismo e de longas disciplinas materiais.

Agindo assim, por amor, doando o corpo a serviço dos semelhantes, e, por esse modo, amparando os irmãos da Humanidade, através de variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de criatividade, porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo; essa energia simplesmente se canaliza para outros objetivos, os de natureza espiritual.

Paralelamente a esses seres que elegem conscientemente esse tipo de experiência, impondo-se duros regimes de vivência pessoal, encontramos aqueles outros, os que já renasceram no corpo físico induzidos ou obrigados à abstinência sexual, atendendo a inibições irreversíveis ou a processos de inversão pelos quais sanam erros do pretérito ou se recolhem a pesadas disciplinas que lhes facilitem a desincumbência de compromissos determinados, em assuntos do espírito.

Empreendimentos filantrópicos, atividades religiosas ou culturais enobrecedoras constituem valioso programa de superação de pensamentos torturantes, relacionados com o sexo, favorecendo, outrossim, a transformação das forças criadoras em elementos de exaltação do bem e do embelezamento da Vida.

Numerosos Espíritos recebem de Jesus permissão para esse gênero de esforço santificantes, porquanto, nessa tarefa, os que se fazem eunucos, pelos reinos do céu, precipitam os processos de redenção do ser ou dos seres amados, submersos nas provas e, simultaneamente, pela sua condição de evolvidos, podem ser mais facilmente transformados, na Terra, em instrumentos da verdade e do bem, redundando o seu trabalho em benefício inestimáveis para os entes queridos, para a coletividade e para si próprios.

Vigoram para muitos deles, temporariamente, os imperativos da prova benéfica, os deveres do estatuto expiatório, as exigências do serviço especializado, em que estudantes, devedores e missionários se obrigam a longas fases de fome e sede do coração. Isso, porem não representa obstáculo ao amor.

Qualquer atitude extremista opera desarmonia e perturbação com lamentáveis conseqüências que se estendem após o decesso carnal, em processos de sombras e aflições indescritíveis.

Assim, se o exercício de renúncia a que certas pessoas se afervoram os faz hipocondríacos e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do Apóstolo Paulo, na 1a Epístola aos Coríntios, capítulo sete, versículo nove:

“Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.”

Tais considerações nos impelem a concluir que a vida sexual de cada criatura é terreno sagrado para ela própria, e que, por isso mesmo, abstenção, ligação afetiva, constituição de família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada um, erigindo-se, por essa razão, em assunto, não de corpo para corpo, mas de coração para coração.

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